sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
A Viola de Queluz
Um instrumento que liga as raízes da colonização à cultura popular brasileira, a Viola de Queluz é para a música o que são as obras de Aleijadinho e outros mestres do barroco mineiro para as igrejas das cidades de Ouro Preto e Congonhas.
Importante testemunho da história do Brasil, a Viola de Queluz foi tradicionalmente construída entre o início do século XIX e meados do século XX, tendo o nome atribuído à cidade de Queluz de Minas, hoje conhecida como Conselheiro Lafaiete.
Esse tipo de viola carrega algumas características que a diferenciam da popular Viola Caipira, ou Viola Brasileira. Seu espelho, a madeira que carrega os trastos no braço do instrumento, era nivelado na altura do tampo. Fato esse que fazia com que os útlimos trastos fossem afixados no próprio tampo. Também era comum que as quarta e quinta ordens de cordas fossem compostas por um jogo de cordas triplas.
Mas o principal detalhe que diferencia a Viola de Queluz é o belo trabalho de marchetaria realizado manualmente sobre o tampo do instrumento. A impressão que passa é que o som de cada viola é reproduzido pelos desenhos em seu próprio bojo.
Abaixo, deixo link da reportagem com o luthier Max Rosa, que é um guadião da memória do instrumento.
MuseScore
Esse é um assunto de grande interesse para músicos profissionais e amadores. Assim como ocorreu com arquivos do pacote Microsoft Office/Open Office, agora músicos e profissionais da música tem disponibilizado um programa gratuito para edição de partituras.
O MuseScore foi criado justamente para suprir uma demanda que estava subordinada à utilização de editores de partituras que eram protegidos por leis de propriedade intelectual e custavam uma baba para que artistas, compositores e demais profissionais pudessem fazer uso de suas ferramentas.
Esse programa possui, além dos recursos de notação e edição musical multiplataforma, uma rede virtual de interessados em música. Assim, além de proporcionar recursos condizentes com a tecnologia disponível atualmente (internet, etc...), oferecem a facilidade para que esses artistas possam convergir informações e trabalhar de forma colaborativa.
Tenho trabalhado a algum tempo com esse programa, pois migrei de uma experiência de alguns anos de grande familiaridade com os outros editores mais populares do mercado, dentre eles o Encore e o Finale.
Oferecendo recursos à altura dos demais editores, o programa foi elaborado de forma que os procedimentos de manipulação se conservam similares aos demais, e ainda conta com vantagens relacionadas ao intercâmbio de saberes e produção de conhecimento compartilhado.
Assim, acredito que o maior diferencial do produto seja justamente a possibilidade da livre troca, levando-se em consideração que vivemos hoje numa sociedade que tem como prática cultural o colaborativismo. Visite o site do produto e conheça. Espero que suas inpressões também sejam satisfatórias!
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